Karate

Em 1371, Okinawa iniciou um intenso comércio com a China, Coréia e países do Sudeste. Em consequência, houve também um intercâmbio cultural que trouxe uma outra forma de luta procedente da China, semelhante ao Karate (TE) de Okinawa, o kenpo (ou boxe chinês). Com a presença dessa luta estrangeira em Okinawa, aperfeiçoou-se uma nova modalidade de combate, o karate-do, que inclusive adaptou as técnicas chinesas de mão aberta para moldá-las ao sistema natural do TE nativo, cuja ênfase recaía no punho firmemente fechado para golpear.

Por duas vezes houve proibição do uso de armas em Okinawa. Assim o karate-do assumiu maior valor. Aqueles que não podiam usar armas, desenvolveram e usaram o Karate-Do como meio de enfrentar os adversários armados.

O Shorin-Ryu é uma das escolas mais antigas do karate, sendo o resultado da integração dos estilos praticados nas cidades de Tomari e Shuri. Atualmente existem vários estilos que surgiram como derivação do Shorin-Ryu e dos estilos praticados em Naha, ou como consequência da junção dessas duas raízes.

No Brasil
O mestre Yoshihide Shinzato imigrou para o Brasil em 15 de janeiro de 1954 e ministrou aulas de karate-do em sua casa, para jovens da colônia japonesa. Em 25 de janeiro de 1954 fez demonstração de karate-do no Parque Ibirapuera, juntamente com os grupos de folclore de Okinawa e com seu irmão Yuzo, em comemoração aos 400 anos de aniversário da cidade de São Paulo. Em 3 de junho de 1962, fundou a Academia Santista de Karate-Do, na Rua Brás Cubas em Santos, e em 1970 mudou o nome para Associação Okinawa Shorin-Ryu Karate-Do do Brasil.

Filosofia e Técnica
Seu método de aula baseia-se na filosofia do budô, desenvolvimento esportivo e do convívio social, tendo como objetivo criar um homem útil tanto à sociedade como para a família, formando um carateca com o corpo forte e a mente equilibrada. Sensei Shinzato é também um especialista nas armas tradicionais de Okinawa, e complementa o Shorin-Ryu com o Kobu-Do.